Mais de 70% dos arrendatários que vivem na AML estarão a gastar mais de 35% do seu rendimento para pagar despesas com a habitação.
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Arrendar casa em Lisboa
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São muitos os inquilinos que residem em Lisboa que estão em sobrecarga financeira, devido às elevadas despesas que têm com a casa, nomeadamente com a renda a pagar mensalmente aos senhorios. Um estudo realizado pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, em parceria com a associação Habita, conclui que cerca de 74% dos arrendatários que vivem na Área Metropolitana de Lisboa (AML) estarão a gastar mais de 35% do seu rendimento para pagar as despesas com a habitação.

Segundo o Público, que se apoia em dados do estudo – intitulado "O arrendamento habitacional na AML: um mercado segmentado, inacessível e inseguro" –, na maioria dos casos, o nível de sobrecarga é considerado “elevado”, uma vez que as despesas com habitação levam mais de metade dos rendimentos disponíveis. E muitas destas casas enfrentam problemas de habitabilidade, como humidade, falta de isolamento térmico ou deterioração dos imóveis.

O estudo em causa, refere a publicação, partiu de um inquérito a 959 pessoas, questionadas entre fevereiro e abril de 2023, e identifica a existência de um mercado de arrendamento "tripartido" em segmentos distintos: 

  • O segmento liberalizado, que apresenta mais peso e é “constituído por contratos mais recentes”;
  • O segmento protegido, composto pelos contratos anteriores a 1990 (as chamadas rendas antigas), cujas casas têm “más condições de habitabilidade” estão, por vezes, “muito degradadas”;
  • O mercado informal, um segmento de menor expressão, onde se encontram “diferentes situações habitacionais”, mas sempre sem contrato formal.

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