Iniciativa cultural pretende dinamizar temporariamente imóveis que estão desocupados e a aguardar licenciamento.
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Atraso nos licenciamentos
Rua da Quintinha 54, no Príncipe Real, Lisboa Google Maps

As cidades estão repletas de edifícios e terrenos desocupados, estando muitos a aguardar a conclusão de processos de licenciamento e início de obras. Foi tendo em conta esta realidade que a LX Capital resolveu criar uma iniciativa que vem dinamizar, temporariamente, estes imóveis através da arte e da cultura. O primeiro edifício que vai ganhar vida situa-se em Lisboa e vai acolher a exposição RANDOM, a qual vai contar com obras de 50 artistas.

“Os promotores imobiliários possuem edifícios que ficam desocupados e parados, sem contribuir em nada para a comunidade em que se inserem, à espera dos licenciamentos cada vez mais demorados”, começa por explicar André Riscado, CEO da LX Capital, citado em comunicado enviado às redações.

Foi tendo em conta este contexto que surgiu a ideia de “aproveitar os nossos prédios quando estão no período ‘meanwhile’ à espera de licenciamento ou arranque das obras, nomeadamente, através da dinamização de movimentos colaborativos culturais e artísticos, dando oportunidade a artistas para que possam expor e divulgar as suas obras, criando espaços onde as pessoas se possam encontrar”, continua André Riscado. Assim nasceu a iniciativa de responsabilidade social Meanwhile Buildings no seio da LX Capital.

O primeiro edifício que vai ser palco desta iniciativa localiza-se no número 54 da Rua da Quintinha, no Príncipe Real (Lisboa). Aqui vai ter lugar a exposição RANDOM, organizada pelo artista Tomaz Hipólito através da AZAN Contemporary art, que conta com o patrocínio da Barnes Realty Portugal e o apoio do grupo Nabeiro/Delta. Nesta exposição – que não tem um tema central – 50 artistas de várias gerações vão poder mostrar obras escolhidas por si a 11 de setembro.

O primeiro passo para dinamizar os imóveis que aguardam licenciamentos já foi dado. E o CEO da LX Capital quer mesmo é que outras empresas do setor adiram a esta ideia, no sentido de partilhar esses espaços com ações para a comunidade, mesmo que temporariamente.

“Era bom também que as entidades (como câmaras) desenhassem formatos que possam agilizar licenciamentos de utilização temporária. Estes edifícios que esperam por serem reabilitados e que muitas vezes estão em condições de habitabilidade, podem até ser utilizados como residências temporárias para estudantes ou refugiados, mas não podemos esperar meses ou anos para conseguir licenciar essa utilização. A oportunidade existe e é grande, basta haver vontade e coragem dos players do setor”, conclui André Riscado.

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